quarta-feira, 23 de junho de 2010

I.

Ele foi uma das pessoas que mais me marcou este ano. E muito já foi escrito sobre ele aqui.
Houve uma altura em que a frase preferida das raparigas da minha turma era -Casava-me com ele, já amanhã-. E eu, um dia, "meti na cabeça" que se me casasse com alguém no dia seguinte seria com ele. Se ele soube disto ou não, não sei (mas espero bem que não) e o facto foi que depois de dois anos nisto, conheci-o e tive o imenso prazer de trabalhar com ele.
Ele é alto, magro e dono de uma beleza ímpar, que tira a respiração a qualquer uma, e que bem podia, e isto é dito sem qualquer exagero, figurar na capa de uma revista de moda. Isto foi o que me levou a querer "casar" com ele. Acontece que ao contrário de muitos, que apesar de toda a beleza exterior, que ao abrir a boca, acabam por estragar tudo e desfazer a imagem bela que temos deles, este não. Este abre a boca, fala e deixa-nos embasbacados.
Eu fiquei surpreendídissima (Fds, o gajo é mesmo bom - na oratória) e mais surpreendida fiquei quando o conheci, pois é umas das melhores pessoas que já tive o prazer de conhecer. Gentil, inteligente, muito interessante e um autêntico cavalheiro. E não estou a exagerar.
No inicio, quando começámos a trabalhar juntos, eu, pura e simplesmente, delirava. Com ele, eu estava no meu máximo em termos cerebrais e todo aquele tempo passado com ele, ajudou-me imenso a ultrapassar uma fase de completa desmotivação e desinteresse. Ele fazia-me bem. Eu ficava feliz só por passar alguns minutos com ele. Ele fazia-me acreditar que valia a pena. Que eu valia a pena simplesmente porque com ele, eu conseguia pensar a sério!
Passamos óptimos momentos juntos e foi uma das fases mais divertidas minha vida!
E é óbvio que eu não sou imune a tudo isto. E comecei a levar as coisas para outro ponto... Um ponto de loucura pura e dura. O bem que ele me fazia e de que eu tanto necessitava transformou-se e deixou de ser só amizade. E até aqui tudo bem porque eu tenho auto-controlo e sei perfeitamente o que não devo fazer para estragar uma amizade com uma pessoa assim. Além de que em termos de trabalho, algo mais do que amizade não correspondido, não ia funcionar.
Até que aconteceu tudo aquilo em Lisboa. E isso magoou-me de uma forma que eu nunca pensei que fosse possível. Estou mais rica, mas nem sempre riqueza é sinal de felicidade. Mas os meus sentimentos não mudaram apesar de terem diminuído. Contudo se ao longe, continuava a ser o alvo que eclipsava qualquer outro rapaz, depois de algumas horas com ele, ele era apenas o meu bom amigo, aquilo que eu queria (e quero) que ele fosse!
Hoje, ele despediu-se de mim com um abraço apertado e dois beijos. Devido às circunstâncias geográficas, não sei quando voltarei a vê-lo, mas não o quero perder, figurativamente, de vista.
Até porque como tu próprio disseste, my dear dear friend, vemo-nos no Parlamento Europeu. Ou na ONU. O que vier primeiro.

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