Podia falar da morte da minha avó paterna que morreu há dois dias. Mas apesar de ter custado neste blog não vão ouvir nenhum lamento sobre isso. Ela pouco me dizia. Não éramos nada próximas. Ela era (verdade seja dita) uma bruxa como as dos contos de fadas. Mas família é família logo que descanse em paz.
Mas a minha família materna ,apesar de todos os seus defeitos, esteve lá. Na impossibilidade da minha mãe estar presente e com todo o rebuliço da funerária onde esteve a minha família paterna, prontificaramse a ajudar, a estar lá, a reconfortar-me ou como disse a minha avó materna, a 'amparar-me'. Apareceram quase todos. Não me deixaram sozinha com um pai que não é digno desse nome, com uns tios desnaturados e com uma prima que faz o melhor que pode mas que não chega lá. E até a minha irmã, luz da minha vida, apesar de não visitar a minha avó paterna há 3 anos, de não se relacionar com a família paterna e de não ter especial apreço pelo nosso pai, apareceu no velório porque eu pedi. Estiveram lá por mim!
Ri antes e depois do velório e do funeral porque a morte desta pessoa não me tocou especialmente. Mas no capítulo e na igreja foi duro. A morte assusta-me. Faz-me chorar como uma desalmada. Seja um conhecido ou um desconhecido.
É claro que não é agradável saber que a minha avó morreu. Mas mais de metade das minhas lágrimas não foram por ela.
Foram pela minha Família (com F para distinguir da paterna) que esteve lá e que, como eu sei, um dia vai deixar de estar porque também irão falecer. E nesse dia, meus queridos, é para morrer...
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