domingo, 13 de março de 2011

Coisas de mãe

Dar dois pratos à escolha para a refeição mas refilar quando escolho um porque não escolhi o outro

sábado, 12 de março de 2011

Geração à rasca e a vontade de desenrascar

Eu faço parte da geração à rasca. E chamem-me ingénua mas isso nunca me fez assim tanta confusão. Mas isso fui eu que fui educada na ideia de que as coisas não caiem do céu.

Não vejo o meu futuro em Portugal. A carreira que quero é ela própria no mundo internacional e já percebi que cá não vou ter hipotese. Aquilo que quero não se encontra aqui porque sonho alto.

Vou ter dificuldades em pagar a faculdade. Mas como isso se deve a motivos familiares que não se encontram registados no IRS, não tenho direito a uma bolsa. Como sei isto, tenho trabalhado no Verão. A minhã mãe junta a isso os seus subsidios e fica tudo no banco a prazo.
E sei que provavelmente vou ter que trabalhar "a sério" durante o tempo de aulas para pagar a faculdade. E isso não me assusta. Não é o preferivel, mas não me assusta. Se eu não fizer nada por mim, mais ninguém fará.

O curso que vou escolher dá-me bilhete com entrada directa para o desemprego. Mas não vou seguir outra coisa só porque me dizem que não há saidas. Até porque pelos vistos, não há saidas em lado nenhum. Acredito que se for realmente boa, vou conseguir. E se não conseguir, hei-de conseguir outra coisa, até lá chegar. Mas se, de uma maneira ou de outra, vou acabar a ser "escrava", antes ser uma escrava com habilitações. Nunca se sabe quais são os requesitos da carta de alforria.

A manifestação de hoje levou muita gente à rua. É bom saber que o país é capaz de se unir por uma causa sem ligar a cores ou ideologias politicas. Todos visam o bem comum. É importante lutar pelos nossos direitos e de facto a História mostra que o povo na rua tem impacto. Não consigo comparar esta era à do Estado Novo. Não sei, não vivi lá, mas censura e precariedade parecem-me coisas diferentes e com proporções diferentes.

Apenas me pergunto se todos aqueles que participaram têm feito alguma coisa para se "desenrascarem" ou se se limitam a protestar e a esperar pelo dia em que terão emprego. Não torna o objectivo e a luta inválidos, mas torna sem dúvida as pretensões destes menos legitimas.

O nome está errado e diz tudo.
Quem está à rasca e acha que é com manifestações que vai deixar de o estar, engana-se.
Só aqueles que se esforçam por se desenrascar, é que têm toda a razão para se manifestar!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Arghhh!

Se eu não gosto de alguém e se esse alguém não gosta de mim...
Se eu critico/digo mal/gozo pelas costas com esse alguém e esse alguém faz o mesmo comigo...
Se o desprezo, a irritação e o "ela mexe-me com o sistema nervoso e isso é quase inevitável"
E se apesar de tudo isto, eu e esse alguém mantemos uma relação social sustentada no civismo e na boa educação...

Porque raio, mas porque raio é que esse alguém se lembra de me vir abraçar e dar-me um beijo na bochecha como se fossemos amigas ou pelo menos mais do que duas pessoas que aguentam o convivio uma da outra porque pertencem à mesma turma e ao mesmo grupo de amigos?

O efeito pretendido era uma aliada para a causa... O efeito conseguido foi a confirmação de alguns dos motivos pelos quais eu não gosto dela!

Iac!