A minha querida mãe, farta de me ouvir tossir e visto que já não sabia o que é que havia de fazer para atacar esta maldita tosse teve uma brilhante ideia…
A D. L que como a filha tem umas ideias disparatadas convenceu-se que o que me havia de curar era nada mais nada menos do que uma ‘receita’ natural usada no tempo em que ela tinha a minha idade. Até aqui tudo bem. Não sou grande adepta de métodos naturais mas pronto, tenho andado mesmo mal. E de repente a minha mãe revela-me a sua poção mágica e eu fico entre o horrorizada e o muito horrorizada... A D. L queria que eu tomasse nada mais, nada menos do que aguardente quente com mel e açúcar. E para quem não têm – como eu também não tenho - autorização dos pais para beber e que devem estar a pensar - Grande cortes. A mãe a dar-lhe álcool e ela a recusar - e para aqueles que querem levantar-se e ir chamar a protecção de menores, esperem que o melhor está para vir.
Minha gente, eu raramente bebo álcool. E quando bebo são bebidas doces. Vodka de morango e coisas do género. Ora, aguardente é aguardente. E a sabedoria popular diz que cura tudo. A mim aquele cheiro a desinfectante não me atrai. Perante a minha recusa, a minha mãe pôs à minha disposição várias bebidas presentes na garrafeiras. E eu se a princípio pensei que ela estivesse a brincar, aí percebi que não. Era a sério. Uns momentos depois acedi a beber um gole de vinho do Porto –bah,bah,bah-. E antes da minha mãe me estender o copo, tem a lata [não há outro nome a não ser lata] de se virar para mim, depois de todo aquele protesto, e dizer com a cara mais séria do mundo - “Tu bebes isto hoje, mas não bebes nada na Passagem de Ano!”
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