sábado, 16 de abril de 2011

O poder (ou a ambição por ele)

Eu pensei que era preciso unir o país e que ninguém deve ser impedido de exercer cidadania por não estar vinculado a um partido... Eu pensei que era boa ideia incluir alguém cuja carreira e o activismo social são tão meritórios... Eu pensei que tinha sido uma boa aposta... Até ler isto: "Se, seja porque razão for, não puder ser nomeado presidente da Assembleia,renuncio imediatamente ao mandato de deputado. Não serei só deputado" "Vou ser franco: ainda não vi o programa eleitoral do PSD" "Poder ser Presidente [do Parlamento] é uma mensagem para a sociedade civil: um independente pode chegar a um alto cargo do Estado, onde pode marcar" Não quer ser só deputado, não viu o programa eleitoral do PSD e quer ser o (1º?) independente a chegar a um alto cargo do Estado... Está explicado!

domingo, 13 de março de 2011

Coisas de mãe

Dar dois pratos à escolha para a refeição mas refilar quando escolho um porque não escolhi o outro

sábado, 12 de março de 2011

Geração à rasca e a vontade de desenrascar

Eu faço parte da geração à rasca. E chamem-me ingénua mas isso nunca me fez assim tanta confusão. Mas isso fui eu que fui educada na ideia de que as coisas não caiem do céu.

Não vejo o meu futuro em Portugal. A carreira que quero é ela própria no mundo internacional e já percebi que cá não vou ter hipotese. Aquilo que quero não se encontra aqui porque sonho alto.

Vou ter dificuldades em pagar a faculdade. Mas como isso se deve a motivos familiares que não se encontram registados no IRS, não tenho direito a uma bolsa. Como sei isto, tenho trabalhado no Verão. A minhã mãe junta a isso os seus subsidios e fica tudo no banco a prazo.
E sei que provavelmente vou ter que trabalhar "a sério" durante o tempo de aulas para pagar a faculdade. E isso não me assusta. Não é o preferivel, mas não me assusta. Se eu não fizer nada por mim, mais ninguém fará.

O curso que vou escolher dá-me bilhete com entrada directa para o desemprego. Mas não vou seguir outra coisa só porque me dizem que não há saidas. Até porque pelos vistos, não há saidas em lado nenhum. Acredito que se for realmente boa, vou conseguir. E se não conseguir, hei-de conseguir outra coisa, até lá chegar. Mas se, de uma maneira ou de outra, vou acabar a ser "escrava", antes ser uma escrava com habilitações. Nunca se sabe quais são os requesitos da carta de alforria.

A manifestação de hoje levou muita gente à rua. É bom saber que o país é capaz de se unir por uma causa sem ligar a cores ou ideologias politicas. Todos visam o bem comum. É importante lutar pelos nossos direitos e de facto a História mostra que o povo na rua tem impacto. Não consigo comparar esta era à do Estado Novo. Não sei, não vivi lá, mas censura e precariedade parecem-me coisas diferentes e com proporções diferentes.

Apenas me pergunto se todos aqueles que participaram têm feito alguma coisa para se "desenrascarem" ou se se limitam a protestar e a esperar pelo dia em que terão emprego. Não torna o objectivo e a luta inválidos, mas torna sem dúvida as pretensões destes menos legitimas.

O nome está errado e diz tudo.
Quem está à rasca e acha que é com manifestações que vai deixar de o estar, engana-se.
Só aqueles que se esforçam por se desenrascar, é que têm toda a razão para se manifestar!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Arghhh!

Se eu não gosto de alguém e se esse alguém não gosta de mim...
Se eu critico/digo mal/gozo pelas costas com esse alguém e esse alguém faz o mesmo comigo...
Se o desprezo, a irritação e o "ela mexe-me com o sistema nervoso e isso é quase inevitável"
E se apesar de tudo isto, eu e esse alguém mantemos uma relação social sustentada no civismo e na boa educação...

Porque raio, mas porque raio é que esse alguém se lembra de me vir abraçar e dar-me um beijo na bochecha como se fossemos amigas ou pelo menos mais do que duas pessoas que aguentam o convivio uma da outra porque pertencem à mesma turma e ao mesmo grupo de amigos?

O efeito pretendido era uma aliada para a causa... O efeito conseguido foi a confirmação de alguns dos motivos pelos quais eu não gosto dela!

Iac!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

@X #3

Ele disse: Até sexta!
Eu ri-me e depois percebi. Passou-me tudo à frente dos olhos. A distância, a namorada, o ridiculo da nossa relação, a irrealidade da nossa relação, a fantasia associada à nossa relação. E fiquei tão irritada que podia explodir.
No fim e avaliando prós e contras, os detalhes não interessam. Não interessa o quanto encaixamos ou o como seria se estivessemos juntos. No fim, tu estás aí e eu estou aqui. E independentemente do nosso plano para "consumar" esta relação, ela não deixa de ser irreal, parva e ridicula. E não sei quais os motivos que nos prendem a ela. Mas, meu querido, se por um lado tenho medo de me arrepender por não continuar até nos encontrarmos pessoalmente após tanto tempo, por outro não sei até que ponto, eu aguento continuar só com isso.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Are you f*cking kidding me?

Jason Earles
33 anos
Isso mesmo... Trinta e três anos!

Aquilo que me devia deixar feliz, compromete a minha sanidade mental e aquilo que me divide em pedaços mantem-me viva e sã


Eu e o contra

Desde pequenina que sou do contra. Tudo começou quando eu quis nascer prematura e a minha mãe e o médico não me deixaram. Então na altura certa para nascer - quando eles queriam- eu fiz tudo para não sair de lá de dentro. E foi aí que fiquei marcada com o contra.
Ser do contra é do pior que há em mim. Impele-me a dizer que não quando os outros dizem sim e sim quando os outros dizem não só, às vezes porque é mesmo assim outras porque tenho o contra a atiçar-me.
Não é fácil ser do contra, mas pior mesmo é quando é demasiado fácil ser sempre a favor. Aí o contra torna-se numa vantagem.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A escrita...

Cheguei hoje, durante o teste de Literatura, à triste conclusão de que começo os meus textos pelo fim...
Nota: Quando não encontrar a conclusão brilhante esperada, procurar na introdução.

Para bem da minha sanidade mental...

Eu tenho de funcionar assim contigo. Ora perto, ora longe. Há certos riscos que não posso correr porque a real distância geográfica impõem-se. Portanto quando estou demasiado próxima e dependente afasto-me para raciocinar ou raciociono para me afastar. Ambos sabemos que isto não passa de uma brincadeira, até porque tu tens algo sério aí mesmo à tua frente. E isso não me faz sentir nada confortável.
Mas, consciência à parte, eu contigo tem que ser assim. Quando me sinto apanhada na rede que me estendes de tão longe, tenho que recuar para sair mesmo que temporariamente dela.

A gravidade do meu problema

Eu, viciada em livros, detentora de uma biblioteca própria semi-considerável e de uma biblioteca na memória quase industrial, não sei que livro vou apresentar amanhã na aula de Português...
E o tema? Não sei se brinde as minhas distraidas colegas com um tema secante ou com um minimamente interessante, já que durante as apresentações, à excepção de 3 pessoas, todas descobrem coisas extremamente interessantes nos sitios mais insólitos a que dedicar a atenção...

No lo sé!

Ai, a minha insolência...

Chamei loira falsa à professora de História -
G: Eles só gostavam das loiras
Prof: Sabes que as loiras chamam sempre mais à atenção
G: Pois, mesmo que sejam loiras falsas como a professora-
e disse ao professor de Filosofia que ele nos ia interromper para dizer o que iamos dizer de seguida...
Prof: Vocês foi apresentar os trabalhos como se estivessem a dar a aula, mas é obvio que eu vou dar alguns retoques.
G: E vai interromper-nos e dizer o que íamos fazer a seguir (é aqui que vi a vida a passar à frente dos olhos)
Prof: Ah, mas eu faço isso?

Em minha defesa, à excepção de ter ido apanhar ar durante 5minutos no 5º ano mas sem falta, o´meu único problema comportamental foi falar demais. Ah e a professora de História ter-me dado um desgosto quando descobri que era loira falsa... Mas eu estico-me com o professor de Filosofia, às vezes... Só pelo prazer de argumentar com ele...

Vim de Estrasburgo sem noção nenhuma! Agora até tenho medo de abrir a boca!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

I love Lisbon!

A Lisboa Pombalina, tão bem desenhada a régua e esquadro, tem o fascinio da História, da memória da impotência dos homens perante do poder da Natureza e do poder dos homens de reconstruir, de fazer e de criar tudo o que possam imaginar.
A Rua Augusta é a minha rua de todas as ruas, com o Arco como fronteira ao Terreiro do Paço e láo ao fundo o azul do Tejo que podia ser o mar, mas não é e Almada lá longe, como uma ilha...
Falando no azul do Tejo, o céu em Lisboa tem outra cor. Um azul não tão rico como o de cá, mas um azul clarinho e cheio de luz que combina magnificamente com os edificios da baixa todos naqueles tons da paleta de brancos.
Há qualquer coisa que me seduz nas calçadas, nas ruas estreitinhas, na Baixa pombalina, no metro, nas pessoas...
O sotaque, umas vezes tão agradável, outras tão irritante provoca risos diante de certas frases tão "emproadas".
Os electricos exercem sobre mim a sua sedução e eu já nem sei de onde sou...
A vista deslumbrante sobre a cidade... As casas, os prédios, os edificios, juntinhos e alinhadinhos, vigiados pelo Castelo de S.Jorge...
Lisboa tem o seu fascinio dividido entre as 7 colinas, as muitas ruas e até as pedras da calçada encantam...
Lisboa não podia ser outra cidade. Tinha que ser Lisboa.

Estrasburgo!

Há cidades que nos dão vontade de fazer uma vénia tal é a história que sentimos só de olhar para as paredes dos edificios.
Há cidades onde cada edificio parece contar uma história diferente de tal maneira que podiamos fotografa-los um a um com o maior prazer.
Há cidades onde nos sentimos taõ bem que logo pensamos - Eu podia viver aqui!
Há cidades com pontes e mais pontes e ruas paralelas que nos dão vontade de palmilhar.
Há cidades cheias de bicicletas nas estradas e nas esquinas e onde os peões tem prioridade...
Há cidades que se levantam e deitam cedo...
Há cidades cheias de História e de Poder...
Há cidades mágicas!